ATRÁS DA JANELA
Anoitece
Por caminhos sem nome
a sua alma vaguea
Anoitece
Por caminhos sem nome
a sua alma vaguea
por benditos caminhos de estrelas
onde nom tenhem
que corar as meixelas
que tremer os lábios
por sentir vergonha
por esconder desejos
Atravessa o bárrio
blocos uniformes
parques diminutos
chega correndo
a un vasto prado
onde encontra a paz
abraça o firmamento todo
e lembra-se
lembra-se da liberdade
Mais logo se abre a porta
o marido
pede a sua cea
os nenos
a ver a tele absortos
Acaba o dia
onde nom tenhem
que corar as meixelas
que tremer os lábios
por sentir vergonha
por esconder desejos
Atravessa o bárrio
blocos uniformes
parques diminutos
chega correndo
a un vasto prado
onde encontra a paz
abraça o firmamento todo
e lembra-se
lembra-se da liberdade
Mais logo se abre a porta
o marido
pede a sua cea
os nenos
a ver a tele absortos
Acaba o dia