AS TORRES DA CAPITAL
Onde esconderei
Onde esconderei
os negros trevões?
No cérebro, no cérebro.
A maré dos meus dias
No cérebro, no cérebro.
A maré dos meus dias
muda em silêncio;
agrisalham os meus longos
longos
cabelos, e por dentro,
mesmo no centro do músculo do coraçom,
aninha o cancro.
Muitas mensages tenho enviado
agrisalham os meus longos
longos
cabelos, e por dentro,
mesmo no centro do músculo do coraçom,
aninha o cancro.
Muitas mensages tenho enviado
às torres brancas da capital,
mais como resposta
brotou um rio fluido de negras sombras
que, mudo
e incerto,
se foi dilatando até a turbina cerebral.
Aboiam pois inutilmente
os flocos vermelhos da Esperança;
hai já por toda a parte
nenos que nunca nacerám.
No cérebro, no cérebro.
mais como resposta
brotou um rio fluido de negras sombras
que, mudo
e incerto,
se foi dilatando até a turbina cerebral.
Aboiam pois inutilmente
os flocos vermelhos da Esperança;
hai já por toda a parte
nenos que nunca nacerám.
No cérebro, no cérebro.
Mauro Nervi (1959-), escritor italiano em esperanto
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